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Cavalhada

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A origem do nome do bairro é uma das mais remotas da cidade e remete ao século XVIII. Foi por lá que o sesmeiro André Bernardes Rangel teve expropriadas suas terras para a constituição de um campo para a guarda da cavalhada, pertencente à Fazenda Real e a serviço de Porto Alegre.

 

Como o local passou 20 anos com esse propósito, ficou conhecido como Cavalhada d’el Rey ou Campo da Cavalhada. Com a devolução do rincão ao mesmo sesmeiro, a Fazenda Real se transferiu para Viamão. Entretanto, houve denúncias de que Rangel teria conseguido a devolução de uma terra pela qual já havia obtido indenização, mas aquelas terras não voltaram à posse governamental.

 

Assim como a maioria dos bairros da Zona Sul, a Cavalhada sofria com as dificuldades de comunicação com o centro de Porto Alegre. Os moradores precisavam se deslocar a pé ou por carroças até o bairro de Teresópolis para conseguir embarcar no bonde que partia da região em direção ao Centro. A única via de acesso então era a Estrada da Cavalhada, que abrangia todas as atuais Avenidas Carlos Barbosa, Teresópolis, Nonoai e Cavalhada, ligando o bairro da Azenha ao Ipanema, então uma região praticamente rural.

 

A partir da década de 50, com o asfaltamento da Estrada, se tornaram populares no bairro as corridas de “baratinha” (apelido dado aos carros de corrida da época, pelo seu formato), que percorriam a Rua Otto Niemayer até a Tristeza, passavam pela Pedra Redonda e Ipanema e retornavam pela Estrada da Cavalhada, nas chamadas “12 horas de Porto Alegre”.

 

Com o crescimento urbano, cada trecho da Estrada da Cavalhada foi separado com uma designação própria, e a Av. Cavalhada passou a ser assim denominada por uma lei municipal de 1957. As facilidades de acesso ao bairro proporcionou sobremaneira o desenvolvimento da região, que cresceu vertiginosamente a partir de então.

 

A presença de instituições de auxílio a populações carentes é marcante, como o Instituto Santa Luzia, entidade de apoio e educação para deficientes visuais, bem como o Cidade de Deus, ligado ao Departamento do Secretariado de Ação Social da Arquidiocese de Porto Alegre, que desde 1960 auxilia a população do bairro na tentativa de melhoras das condições de vida. Fazem parte do bairro grandes loteamentos como Parque Madepinho e Jardim das Palmeiras.

 

A duplicação das Avenidas Cavalhada e Eduardo Prado estimulou a construção de condomínios fechados durante a década de 90, diferenciando uma parte do bairro da antiga conformação, na qual se destacavam prédios de menor porte. Com isso, o comércio, que já se localizava nas principais avenidas do bairro, apresentou um novo crescimento, tornando o Cavalhada praticamente autossuficiente nesse sentido.

 

Atualmente o bairro Cavalhada conta com um vasto comércio e a Av. Cavalhada, principal via que liga a Zona Sul ao resto da cidade, integrando a terceira perimetral. Grandes redes de supermercado como Zaffari e Big estão nesse bairro, onde a vida acontece de forma independente. Colado aos bairros Ipanema e Tristeza, a região possui ótimos apartamentos, residências e casas em condomínio a um valor atrativo.

 

Adaptado de: PMPA – Prefeitura Municipal de Porto Alegre