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Queda histórica na taxa de juros ajudará mercado imobiliário

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Após cair mais 0,75 ponto percentual no mês de maio, a taxa básica de juros (Selic) chegou a 3% ao ano e atingiu, mais uma vez, o menor patamar da história. Além de ser uma tentativa do Banco Central (BC) para estimular a economia em uma cenário totalmente desfavorável como o atual, os seguidos cortes também devem ajudar alguns setores a se reerguerem mais rapidamente após a crise, como é o caso do mercado imobiliário, já que as instituições financeiras tendem a reduzir suas taxas de financiamento com o tempo.

Presidente do Sindicato das Construtoras do Ceará (Sinduscon-CE), Patriolino Dias, afirma que o atual valor da Selic já revela um cenário “muito favorável” para a retomada do setor imobiliário, posto que permite que diversas famílias de menor renda tenham a possibilidade de conseguir um financiamento mais facilmente. “Isso sem falar que deve ajudar muitas pessoas a reduzirem o tempo de pagamento das parcelas, ou conseguirem acesso a imóveis mais caros”, diz. Ele destaca, ainda, que “o déficit habitacional ainda é muito grande e, com os incentivos dados pelos bancos, as empresas terão retomadas mais seguras”.

Na ata de sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou que pode promover um novo corte de 0,75 ponto percentual na Selic em junho, “para complementar o grau de estímulo necessário como reação às consequências econômicas da pandemia da Covid-19”, informou o colegiado.

Rafael destaca, ainda, que, mesmo que os bancos demorem a repassar a queda da Selic para os juros imobiliários, o Brasil já possui, atualmente, as taxas mais baixas dos últimos anos no mercado imobiliário. “Ainda há boas oportunidades para novos e antigos tomadores. Nós tivemos um aumento de 55% nos pedidos de crédito imobiliário feitos na nossa plataforma em abril, em relação a março, e também há uma grande procura pela portabilidade”, afirma. “Acredito que, nos próximos meses, com a retomada da economia, há maior probabilidade de um repasse mais forte para as taxas de crédito imobiliário”, complementa.

O crescimento da portabilidade, inclusive, foi outro fator que aumentou a pressão sobre a concorrência bancária, tendo em vista que possibilita que quem já havia tomado um crédito mais caro no passado possa buscar condições melhores. Para o cofundador da Melhortaxa, isso também deve ajudar na queda dos juros. “O principal efeito é que o comprador não precisa ficar esperando a taxa de juros cair. Ele pode efetuar uma compra e, se a taxa cair significativamente no futuro, fazer uma portabilidade”, acrescenta Rafael Sasso.


Fonte: publicidadeimobiliaria.com